O Ministério da Saúde recebeu nesta sexta-feira, dia 19, mais de 100 mil unidades do implante subdérmico contraceptivo de etonogestrel, conhecido como Implanon. Também foram entregues 100 kits para treinar os profissionais de saúde responsáveis pela aplicação do dispositivo.
O implante é considerado um método vantajoso para prevenir a gravidez não planejada, pois tem alta eficácia e longa duração, podendo atuar no organismo por até três anos sem necessidade de manutenção. Depois desse período, ele deve ser retirado e, se a mulher desejar, um novo pode ser inserido imediatamente pelo SUS. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção.
Até 2026, o Ministério da Saúde prevê distribuir 1,8 milhão de unidades, sendo 500 mil ainda este ano, com investimento de cerca de R$ 224 milhões. As primeiras unidades chegam hoje aos estoques do Ministério e devem começar a ser enviadas aos estados e ao Distrito Federal no início de outubro. Terão prioridade as regiões com maior vulnerabilidade social e altos índices de gravidez na adolescência.
Para apoiar a implantação do programa, os kits de treinamento incluem aplicador, placebo do implante, braço anatômico e pele artificial para simulação. Profissionais de saúde e gestores participarão das oficinas, que também vão discutir o planejamento da implementação nos municípios.
Sobre o método
No SUS, o Implanon será o segundo método classificado como Larc (contraceptivo reversível de longa duração) — ao lado do DIU de cobre. Esses métodos são considerados mais eficazes por não dependerem do uso diário, como as pílulas ou os injetáveis.
Além do Implanon, o SUS já oferece outros métodos contraceptivos: preservativos masculino e feminino, DIU de cobre, pílulas orais combinadas ou de progestagênio, injetáveis mensais e trimestrais, laqueadura e vasectomia. Apenas os preservativos protegem contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
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