A Defesa Civil de Santa Catarina divulgou nesta sexta-feira, dia 19, uma nota oficial após moradores relatarem tremores de terra em municípios do Oeste do estado. Na noite de quinta-feira (18), o Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para atender ocorrências em Chapecó.
“Os terremotos sentidos aqui não causam risco para deslizamentos de terra, nem para as estruturas de construções locais”, afirma Matheus Klein Flach, geólogo responsável pelo Serviço Geológico da Defesa Civil de Santa Catarina.
Os tremores foram decorrentes de um terremoto na região de São Pedro de Atacama, no Chile, na noite desta quinta. O terremoto de magnitude 7,3 atingiu o norte do país, por volta das 22h50, no horário de Brasília. O epicentro foi na região de Antofagasta, próxima ao deserto do Atacama, na fronteira com Bolívia e Argentina. Segundo o serviço geológico dos Estados Unidos (USGS), o tremor ocorreu a 126 km de profundidade. As equipes ainda avaliam danos estruturais, mas não há o registro de vítimas.

Em janeiro do ano passado, tremores de terra oriundos de um terremoto registrado na região de Santiago del Estero, na Argentina, foram sentidos em dois dias diferentes por moradores de Chapecó.
Além de Santa Catarina, os tremores foram sentidos em diversas partes do Brasil, como São Paulo. A Defesa Civil da maior cidade do país informou que o fenômeno ocorreu em várias regiões, mas teve intensidade leve, de baixo risco. Moradores divulgaram vários vídeos nas redes sociais que mostram lustres e outros objetos balançando nos apartamentos (assista abaixo).Como ocorre um terremoto
Os terremotos são fenômenos naturais resultantes do deslocamento das placas tectônicas. A região do Chile, localizada em uma zona de convergência de placas, é propensa a esses eventos devido ao atrito entre as placas. Esse atrito pode causar tremores que, por vezes, são sentidos em regiões mais distantes, como o Brasil, mas a localização central do Brasil na placa tectônica torna a ocorrência de tremores de grande magnitude extremamente rara.
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