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SC vive pior cenário de inadimplência em 15 anos e juros castigam famílias

Santa Catarina registra 32,9% de famílias inadimplentes, maior índice desde 2010; estado tem situação mais preocupante que a média nacional

SC vive pior cenário de inadimplência em 15 anos e juros castigam famílias
Foto: Imagem Ilustrativa | Freepik
Um novo recorde de famílias com dívidas em atraso foi registrado em Santa Catarina. No sexto mês consecutivo de alta, o estado chegou à marca de 32,9% de famílias na inadimplência, o maior da série histórica iniciada em 2010.

Segundo a Fecomércio SC (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina), os dados mostram um aumento de 1,4 ponto percentual em relação a agosto. Em setembro de 2024, o estado tinha 22,6% das famílias inadimplentes.

O cenário indica que Santa Catarina está em uma situação mais preocupante que a média nacional, que alcançou 30,5%, também um recorde. Hélio Dagnoni, presidente da Fecomércio SC, afirma que os números são consequência dos juros altos por um período prolongado — atualmente, a taxa Selic, índice de juros básico, está em 15% ao ano.

“A Selic está na casa dos dois dígitos há quase quatro anos. E a perspectiva de queda é apenas para o ano que vem. Esse contexto tem castigado as famílias, com muitas delas não conseguindo honrar seus compromissos”, comentou.

O percentual de famílias catarinenses que não têm condição de pagar as contas em atraso chegou a 9,7% em setembro. Já o endividamento, que mede a disposição em realizar compras parceladas ou financiamentos, chegou a 70,5%, uma queda de um ponto percentual.

Importância da educação financeira para lidar com juros altos

Segundo Marcelo Pedroso, líder da XP em Santa Catarina, a educação financeira infantil pode ajudar a desenvolver uma consciência do uso e da administração de recursos.

“Quando as crianças têm contato com o tema desde cedo, elas desenvolvem uma relação mais consciente com o dinheiro. Entendem que cada escolha tem um impacto e aprendem a planejar, mesmo que de forma simples”, afirmou.

O especialista entende que, além da educação na escola, os pais são essenciais para ensinar às crianças planejamento e introdução dos filhos no contato com dinheiro.

“Em vez de simplesmente dar um presente, os pais podem combinar um orçamento, pesquisar preços juntos ou até incentivar a criança a poupar parte da mesada para algo que ela deseja muito”, destacou.

Confira dicas de Pedroso para praticar a educação financeira com as crianças:

- Comece pelo exemplo: Crianças aprendem observando. Se os pais demonstram organização e controle nos gastos, isso naturalmente influencia o comportamento dos filhos.

- Mesada como ferramenta de aprendizado: Mais do que um valor simbólico, a mesada ensina a administrar recursos, lidar com limites e fazer escolhas.

- Crie metas e objetivos: Incentivar a criança a economizar para comprar algo desejado ajuda a desenvolver paciência e disciplina.

- Explique o valor do trabalho e do dinheiro: Mostrar que o dinheiro é resultado de esforço e tempo ajuda a criar consciência sobre consumo.

- Use jogos e ferramentas lúdicas: Existem aplicativos e brincadeiras que tornam o aprendizado divertido e adequado à faixa etária.

“Educar financeiramente uma criança é plantar um futuro mais equilibrado. Quanto antes o tema for tratado, mais chances ela terá de se tornar um adulto que faz escolhas conscientes e evita o endividamento”, finalizou Marcelo Pedroso.

 
 
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