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Polícia Civil conclui investigação sobre crime de feminicídio que vitimou professora

Inquérito policial aponta que o autor não aceitava o término da relação e que a vítima sofria diversas formas de violência doméstica antes da separação

Polícia Civil conclui investigação sobre crime de feminicídio que vitimou professora
Foto: Andréia Sotoriva tinha 38 anos e Cléo Borba, 39 (Foto: Arquivo pessoal)

A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Maravilha, concluiu a investigação que apurou o feminicídio registrado no município na tarde de 13 de agosto, o qual vitimou a professora Andréia Sotoriva, que veio a óbito no local do crime. O autor dos disparos foi seu ex-companheiro, Cleo Borba, que tentou tirar a própria vida após cometer o crime - ele chegou a ser socorrido, mas morreu dias depois no hospital.

De acordo com o inquérito policial, o autor dos disparos entrou em um estabelecimento comercial portanto um revólver calibre .38, sem registro, e efetuou quatro disparos tirando a vida da ex-companheira. Em seguida, o autor voltou a arma contra si próprio, efetuando um disparo na cabeça. Ele foi socorrido e internado no Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, onde teve a morte encefálica declarada no sábado, dia 16 de agosto.

Andreia e Cleo haviam se separado definitivamente dias antes do fato. Através de informações colhidas junto às testemunhas ouvidas durante a investigação, a Polícia Civil apurou que o relacionamento era marcado por episódios de perseguições, ameaças e diversas formas de violência doméstica contra Andréia e, ao final, o autor não aceitava o término da relação. Além disso, Cleo Borba possuía registros envolvendo violência doméstica. No entanto, recentemente, a vítima não havia procurado a Polícia Civil para registrar ocorrência ou solicitar medida protetiva de urgência contra o ex-companheiro.
O inquérito concluiu que houve o crime de feminicídio. Com o óbito do autor, ocorreu a extinção da punibilidade, conforme previsto no artigo 107, inciso I, do Código Penal. Agora, o inquérito policial foi encaminhado ao Poder Judiciário.

O delegado da DPCAMI de Maravilha, Daniel Godoy Danesi, reitera a importância de que a mulher vítima de violência denuncie, ou quem quer que tenha conhecimento da violência, procure a Delegacia e as instituições de apoio. Ele também alerta que não existe um perfil único de agressor, é que é importante se atentar aos sinais do ciclo da violência doméstica e familiar: “Muitos perpetradores de feminicídio não se enquadram no estereótipo de criminoso, podendo, como no caso em questão, ser vistos como pessoas "normais" ou até "descontraídas". O que torna um indivíduo um potencial feminicida é a sua atuação como perpetrador no ciclo da violência doméstica, que começa com o controle, ameaças e perseguições, e pode culminar na morte da mulher”.

 

 

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