A rotina de Sthefany da Silva, de 27 anos, e William Novasky, de 32, aos finais de semanas, feriados e folgas é uma só: viajar. Com o objetivo de colocar em prática o sonho de conhecer os 295 municípios de Santa Catarina, o casal de Blumenau, no Vale do Itajaí, iniciou o projeto em abril de 2020 e já desbravou 171 cidades catarinenses.
Para economizar, o casal acampa em campings, dorme no carro, faz a própria comida e escolhe com detalhe os locais e roteiros. E além de descobrir novos lugares, eles aproveitam para mostrar pelas redes sociais que não é preciso muito dinheiro para viajar.
"A gente quer mostrar para as pessoas que tudo é possível. A gente tem os nossos empregos, a gente tem um carro 1.0 e a gente está sempre vivendo novas experiências. Não importa os lugares, Santa Catarina é maravilhosa, mas as pessoas podem fazer isso nos seus estados também. A gente gosta muito de falar desse sonho, dessa liberdade", explica Sthefany .
Sthefany atualmente trabalha com comércio eletrônico, enquanto Novasky atua no ramo da programação. Os dois estão juntos há cerca de dois anos e a ideia de conhecer o estado surgiu após a mãe dela morrer por conta de um câncer, no início de 2020.
As duas eram muito ligadas e próximas e, depois da morte, Sthefany disse que precisou de um novo foco. "No começo do projeto, por conta da pandemia, fizemos mais as cidades do Oeste, as menores", afirma. Com a melhora dos números da Covid-19, o casal passou a viajar para outras regiões. "Cada cidade é uma nova descoberta", diz.
Entre as cidades que o casal mais ficou impressionado está Quilombo, no Oeste catarinense. A cidade tem 9,829 habitantes e abriga as 'Cataratas do Salto Saudades'. "Foi realmente impressionante, um espetáculo".
Sem colocar um prazo, o casal planeja se tornar nômade, sem uma moradia fixa, e viver viajando. Para isso, Sthefany e Novasky criaram um perfil no instagram chamado de 'Casal de Marte'. O nome foi dado após uma viagem feita ao deserto do Atacama, no Chile, para onde também foram de carro, no início do relacionamento.
"Foi uma viagem que abriu as nossas cabeças. A gente passou a ser outras pessoas depois. Passamos dez dias dentro do carro convivendo 24 horas por dia juntos, passou 'perrengue,' passou por coisa boa e isso acabou nascendo um desejo dentro da gente de viajar.
Fonte: G1SC