Os procedimentos estéticos que mataram a idosa Silvana de Bruno, de 66 anos, custaram R$ 15 mil, revelou investigação da Polícia Civil. Silvana sofreu um choque séptico e infecção de pele e partes moles causado por conta das intervenções estéticas, feitas por um por um estudante de biomedicina. As informações são do g1.
A morte de Silvana ocorreu no início de outubro e, agora, o estudante de biomedicina é investigado por exercício ilegal da medicina e homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de causar a morte.
Conforme informações do g1, o estudante se apresentou à Silvana em maio como dentista e biomédico. A partir disso, a idosa fez três intervenções estéticas com ele, incluindo plasma facial, lipo de papada e lipoenxertia nos seios.
— Começou realizando uma aplicação de plasma facial, logo depois ela fez uma lipo de papada, que seria um procedimento que teria que ser feito com cirurgião, e o último procedimento que ela realizou, na sequência, foi esse procedimento que acabou sendo fatal, que foi um enxerto de gordura na área dos seios. Passado alguns dias, começou uma alteração e fortes dores — explicou a delegada Camila Cecconello ao g1.
Silvana chegou a ir ao hospital após o procedimento, chegou a ficar internada, passou por uma cirurgia de mastectomia, que resultou na retirada das duas mamas, mas ela não resistiu à infecção e morreu na unidade hospitalar.
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Conforme o g1, o estudante compareceu à polícia durante a segunda-feira (13). Entretanto, ele decidiu ficar em silêncio. A defesa ainda informou que está cooperando com as investigações e que ele se apresentou na delegacia de forma espontânea como noticiado.
De acordo com as investigações, o estudante usava salas alugadas por dia para fazer os procedimentos. Em uma delas, seringas e medicamentos foram encontrados e apreendidos.
Ainda segundo o g1, Silvana teria conhecido o suspeito pela internet, onde ele divulgava os procedimentos que realizava, incluindo aplicação de estimuladores de colágeno e preenchimento labial, por exemplo.
— Ele se dizia dentista, biomédico, porém fez procedimentos de dentista, biomédico e até de médico sem que tivesse formação em nenhuma dessas profissões — revelou a delegada ao g1.
O Conselho Regional de Biomedicina (CRBM) informou que o estudante não tinha o registro profissional como alegava e que chegou a ser denunciado no início deste ano.