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Feitora de Exú explica ritual no cemitério de São Miguel da Boa Vista

Yalorixá Carla, de Concórdia, trabalha em duas vertentes: Kimbanda e como mãe de santo

Feitora de Exú explica ritual no cemitério de São Miguel da Boa Vista
Foto: Divulgação

Após a grande repercussão sobre o ritual com galinhas mortas, a equipe de jornalismo da Rádio Líder procurou por um representante da Kimbanda para explicar as oferendas encontradas no cemitério municipal de São Miguel da Boa Vista. Moradores se revoltaram no domingo (11) após encontrar o ritual na Cruz Mestre. Eles acionaram a Vigilância Sanitária.

O ritual foi realizado com frutas variadas, recipientes de barro, fitas vermelhas, taças, três galinhas pretas e um galo. Os animais foram sacrificados no local.

O QUE ACONTECEU NO CEMITÉRIO?

A reportagem conversou com a Yalorixá (Mãe de santo), Carla de Oyá, também feitora de Exú na Kimbanda, e residente em Concórdia. Ela é considerada autoridade máxima na crença.

A mãe de santo frisa a liberdade religiosa e explica que a Kimbanda é uma vertente afro-brasileira, que pratica linhas de atuação diferentes da Umbanda e do Candomblé, por exemplo. “Para quem não conhece os ritos, é uma coisa bem agressiva. Mas, isso aí, é um rito religioso para alguma entidade”, explica.

Segundo Carla, o ritual em São Miguel da Boa Vista foi realizado por uma pessoa da Kimbanda e trata-se de uma oferenda para determinado Exú. Segundo a crença, o Exú é uma divindade, um mensageiro, que faz a ligação entre o mundo dos vivos, desejos e pedidos.

A Yalorixá explica que o ritual é praticado em cemitérios ou encruzilhadas. O objetivo desse ato é fazer um pedido, ou também um agradecimento, para o determinado Exú em questão. O sangue de animais é oferecido como oferenda.

Carla vestida de Yalorixá, trabalhando como mãe de santo

CARLA CRITICA O RITUAL

“O que está certo e errado na oferenda”, questiona. Ela diz que é comum o sacrifício de animais para o ritual. No entanto, o praticante deve usar itens que não agridam a natureza, como plástico e outros materiais. “Ali, como dá para ver, eles colocaram vasilhas de barro”, questiona.

Ela defende que a pessoa responsável pelas oferendas deveria ter promovido a limpeza do local após o ritual, mas deixou o lixo no cemitério. Carla explica que utiliza folhas naturais para fazer os rituais, ações que não causam danos para a natureza.

YALORIXÁ PEDE MAIS CONHECIMENTO

Carla diz que as oferendas fazem parte da crença de Kimbanda, com vertente africana, e pede que as pessoas busquem conhecimento sobre a religião. O que aconteceu em São Miguel da Boa Vista, segundo ela, foram algumas oferendas dentro da crença de Kimbanda.

Para ela, tudo parece diferente para quem não conhece detalhes, mas que a lei permite a prática do livre culto religioso.


Fonte: Ederson Abi/Rádio Líder/WH Comunicações

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