Uma menina de 13 anos, identificada como Júlia Vieira Muniz, que estava desaparecida desde o dia 13 de setembro, foi encontrada na madrugada desta terça-feira (15) pela Polícia Militar na cidade de Camboriú, no Litoral Norte. Segundo os agentes, ela estava em uma área conhecida pelo tráfico de drogas na região.
Menina de 13 anos estava desaparecida há um mês
Segundo relatou a mãe de Júlia ao Cidade Alerta SC, elas eram vizinhas de um homem de 33 anos em Porto Belo. Ele teria se aproximado da adolescente e iniciado um relacionamento amoroso com ela. Ao perguntar para a mãe se poderia namorar, a menina teria ouvido um “não”.
Para tirar a menina de 13 anos de perto do vizinho, a mãe diz que se mudou com a filha para Tijucas, cidade vizinha a Porto Belo. No entanto, o homem teria continuado em contato com a adolescente. No dia 13 de setembro, a menina juntou alguns pertences e saiu de casa sem avisar.
A mãe contou que continuou em contato com ela via WhatsApp por alguns dias, mas a filha não informava onde estava. Depois de um tempo, ela bloqueou a mãe do aplicativo de mensagens. Sem saber do paradeiro de Júlia, a mãe acionou a polícia, que a colocou no cadastro de pessoas desaparecidas.
Homem de 33 anos foi preso e deve ser ouvido
O homem foi localizado em Camboriú na sexta-feira (11), após a Justiça decretar a sua prisão por estupro de vulnerável e subtração de menor. No entanto, ele estava sozinho e não informou onde a menina poderia estar.
Ele foi conduzido à Penitenciária Masculina do Vale do Itajaí (conhecida como Presídio de Canhanduba) e deve ser interrogado ainda nesta semana.
O artigo 214 do Código Penal proíbe que maiores de idade tenham relações com qualquer pessoa menor de 14 anos e considera que o ato, ainda que consentido pelo menor, é estupro de vulnerável.
Júlia foi encontrada nesta madrugada
De acordo com a PM, ela foi reconhecida ao entrar em uma residência em uma área conhecida pelo tráfico de drogas na cidade de Camboriú na madrugada de terça-feira (15). Os agentes a abordaram e, ao confirmarem que era ela, foi levada à casa da mãe e o Conselho Tutelar foi acionado.
O delegado Rodrigo Dantas, que conduz as investigações, contou ao Cidade Alerta SC quais devem ser os próximos passos do caso.
“Ainda não concluímos o inquérito, mas consideramos que ela estava sob responsabilidade deste suspeito. O Conselho Tutelar de Tijucas foi até a residência dos familiares, conversou com a garota e a levou para psicológico para oitiva da garota. Ela também foi levada para fazer exames periciais e verificar os crimes que ocorreram neste período que ela esteve em companhia do investigado”, esclareceu o delegado.
Segundo Dantas, o inquérito deve ser finalizado ainda nesta semana e encaminhado para a Justiça.
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