Os custos aeroagrícolas subiram 20,75% nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados nesta semana pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).
Em maio, o aumento da inflação da aviação agrícola foi de 2,75%. Três fatores pesam mais no cálculo: a variação do custo do petróleo, a variação do dólar e a oscilação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que avançou 8,9% no período.
O economista Cristian Foguesatto, do Grupo Rara, consultoria de agronegócio que é parceira do Sindag na elaboração do índice, apontou como maior peso no período o valor dos combustíveis.
“Apesar de uma tendência de baixa do dólar e do INPC estável, o aumento de preço nas refinarias vem contribuindo para que o índice mantenha acumulados positivos nos últimos meses”, disse ele, segundo nota da assessoria do Sindag.
Gabriel Colle, presidente da entidade, afirma que o cálculo deve servir de base para a negociação das horas de trabalho das empresas aeroagrícolas com os clientes que incluem produtores rurais de várias culturas e usinas sucroenergéticas.
Plataforma
Na última quarta-feira (16/6), o Sindag participou de uma live com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que marcou o lançamento de uma plataforma para registro das empresas aeroagrícolas e envio digital dos relatórios das operações em campo.
O módulo funciona dentro do Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro) do ministério e levou cerca de 10 anos para ser desenvolvido.
A Divisão de Aviação Agrícola (DAA) do Mapa preparou um manual que será distribuído aos operadores e usuários da plataforma. A medida deve permitir a elaboração de estatísticas mais abrangentes e precisas sobre a atuação do setor aeroagrícola no País.
Fonte: Ravista Globo Rural