Até o momento 84 municípios decretaram situação de emergência em função da estiagem. O Governo do Estado, através da Defesa Civil de Santa Catarina (DCSC), permanece apoiando os municípios e realizando o repasse de reservatórios e kits de transporte de água.
De acordo com o Boletim hidrometeorológico divulgado nesta quarta-feira (16) pela DCSC e pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) o comprometimento do abastecimento urbano atenuou devido as chuvas registradas, mas permanece o quadro de estiagem sobre o Estado. O Boletim retrata as condições hidrológicas dos rios catarinenses e os impactos no abastecimento dos municípios.
O Documento aponta que na primeira quinzena de junho os maiores acumulados foram de 150 milímetros (mm) e pontuais acima de 200 mm. Estes dados foram registrados entre o Baixo e Médio Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Litoral Sul. No mesmo período, em grande parte do Oeste e do Planalto Norte, nas regiões de divisa com o Paraná, os volumes ficaram abaixo dos 50 mm. Vale ressaltar que alguns municípios do Planalto Norte registraram apenas 20 mm.
As chuvas intensas, com até 160 mm acima da média climatológica, registradas nas últimas semanas, trouxeram anomalias positivas para as regiões do Médio e Baixo Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Litoral Sul. Em Canelinha, por exemplo, choveu 292 mm, sendo que o esperado para o mês todo é 100 mm. Os grandes volumes registrados foram em curtos períodos, mas em grande parte do Estado a maioria dos dias ainda foram sem chuva.
Com esta realidade 20% dos municípios catarinenses estão em estado de atenção em relação ao comprometimento do abastecimento, 2% em alerta e 2% em estado crítico. A DCSC recomenda a necessidade de mobilizações e medidas de mitigação nos municípios para reduzir os impactos da estiagem. Da mesma forma, a realização de campanhas de uso racional e consciente dos recursos hídricos pela população.
“O foco da DCSC é prestar o apoio aos municípios. Em conjunto com o Governo do Estado estamos buscando alternativas para mitigar os efeitos da estiagem”, destacou o chefe da DCSC David Busarello. Ele destaca a necessidade do planejamento estratégico, por parte dos municípios, no intuito de que sejam adotadas medidas de médio e longo prazo para o combate a estiagem.