Logo após o forte temporal no Meio-Oeste catarinense na madrugada de sábado (29), os órgãos do governo do Estado trabalham para retomar a normalidade nas cidades atingidas.
O município mais prejudicado foi Campos Novos, onde a Defesa Civil confirmou a passagem de um tornado. A velocidade do vento chegou a 123 km/h, provocando destelhamentos, queda de postes e até tombamento de veículos.

Para esse município, o governo do Estado liberou itens de assistência humanitária. Já foram disponibilizados 1.783 telhas de fibrocimento, 222 cumeeiras, 26 cestas básicas para sete dias, 22 fardos de água potável, 50 colchões de solteiro e 50 kits de acomodação para solteiro.
O governador Carlos Moisés, que acompanha a situação de emergência, determinou o pronto atendimento a todos os atingidos.
“Nossas equipes seguem na região e todos os esforços serão empenhados no apoio às famílias. Ninguém ficará sem atendimento nesse momento difícil”, afirmou.
Equipes da Celesc, Casan, Defesa Civil, Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar trabalham para restabelecer os serviços.
Celesc
Os trabalhos para recompor o sistema elétrico no Meio-Oeste catarinense continuam em ritmo acelerado neste domingo (30). Os ventos fortes atingiram as regiões de Videira e Campos Novos, derrubando quatro torres de transmissão de energia elétrica da empresa Evoltz.
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), responsável pela coordenação do SIN (Sistema Interligado Nacional), informou que, por conta disso, houve o desligamento automático da linha de transmissão Campos Novos/Videira, que interrompeu o fornecimento de energia às Subestações Videira, Caçador, Caçador Castelhano e Fraiburgo.

Desde então, todas as equipes trabalham para recompor a parte afetada do sistema elétrico. Neste domingo, a Celesc começa um esquema de rodízio de carga em Videira, para tentar mitigar os efeitos da falta de energia em virtude da queda das torres da Evoltz.
A Celesc informa que, às 11h deste domingo, o sistema foi restabelecido para cerca de 25% da população atingida, 22 mil unidades consumidoras.
Ainda não há previsão para o fim dos trabalhos, mas a Celesc continuará auxiliando as equipes da Evoltz até que o sistema esteja completamente restabelecido.
Casan
Equipes da Casan também estão mobilizadas desde a madrugada de sábado para recuperação de sistemas de abastecimento. Em Arroio Trinta, Macieira e Calmon, localizados na região Oeste, a companhia instalou geradores de energia e o fornecimento de água retorna de forma gradativa. Matos Costa, Rio das Antas e Pinheiro Preto também estão com sistemas em recuperação.
No Planalto Norte, Lebon Régis e Timbó Grande estão com geradores instalados e abastecimento em recuperação. Pouso Redondo e Salete, na região do Alto Vale do Itajaí, os sistemas de captação e distribuição de água estão parcialmente mantidos, com manobras operacionais para atender toda a cidade.
Defesa Civil
As equipes da Defesa Civil do Estado foram reforçadas para prestar todo apoio aos municípios afetados. Num primeiro momento foram entregues cerca de dois mil metros de lona na região Meio-Oeste para cobrir as residências destelhadas pela força do vento e pelo granizo.

Ainda no sábado, colchões e kits de acomodação foram entregues para as famílias mais atingidas. Na manhã de domingo, a água potável e as cestas básicas já estavam sendo distribuídos pela Prefeitura de Campos Novos.
Dados após temporal
Os dados preliminares apontam que 256 casas foram atingidas, totalizando 1.024 pessoas afetadas de alguma maneira, destas 90 famílias precisaram de uma ajuda mais efetiva do Estado.
As equipes da Defesa Civil continuam fazendo o levantamento dos estragos causados nas áreas mais afastadas do município. Devido a grande quantidade de queda de árvores muitas estradas vicinais ficaram interditadas e estão sendo liberadas aos poucos pela estrutura municipal.
“Estamos colocando em campo todos os esforços para dar um pronto atendimento às famílias. Desde o primeiro momento a orientação do governador Carlos Moisés foi acionar toda a estrutura e reforçar as equipes para agilizar o trabalho”, comentou o chefe da Defesa Civil, David Busarello.
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