Os combates foram retomados nesta sexta-feira (1) na Faixa de Gaza após o fim da trégua de uma semana entre Israel e Hamas, com quase 30 mortos palestinos até o momento, segundo as autoridades do movimento islamista no território.
O anúncio aconteceu depois que as FDI interceptaram um foguete lançado a partir de Gaza, o primeiro desde 24 de novembro, quando começou a trégua. Uma fonte próxima ao Hamas declarou à AFP que o braço armado da organização recebeu "a ordem de retomar o combate e defender a Faixa de Gaza".
O reinício dos combates acabou com a esperança de uma prorrogação da trégua de sete dias que permitiu a libertação de dezenas de reféns em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel, além de ter facilitado a entrada de ajuda na Faixa de Gaza.
Na quinta-feira, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, se reuniu com autoridades palestinas e israelenses. Ele fez um apelo a favor da extensão da trégua e alertou que, em caso de retomada dos combates, os civis palestinos devem ser protegidos.
A trégua representou uma pausa nos combates iniciados em 7 de outubro, quando combatentes do Hamas invadiram o território de Israel. O ataque surpresa deixou 1.200 mortos, a maioria civis, e 240 sequestrados, segundo as autoridades israelenses.
Mais de 20 estrangeiros, a maioria tailandeses que trabalhavam em Israel, foram liberados à margem do acordo de troca. Na quinta-feira à noite, seis israelenses foram liberadas, horas depois da saída de duas reféns.
A libertação foi um alívio para Keren Shem, cuja filha Mia foi uma das reféns que deixou o cativeiro. A família divulgou imagens de Keren chorando de alegria ao ser informada sobre a liberdade iminente da jovem.
Pouco depois da chegada dos reféns a Israel, o serviço penitenciário do país anunciou a libertação de mais 30 detentos palestinos, 23 menores de idade e sete mulheres. Blinken afirmou que Washington desejava o "avanço" do processo e outro dia de trégua.
Israel sempre insistiu que a trégua era uma pausa temporária para garantir a libertação de reféns. "Juramos (...) eliminar o Hamas e nada vai nos impedir", afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um vídeo divulgado por seu gabinete após a reunião com Blinken.
Blinken alertou que a retomada das ações militares israelenses "deve colocar em prática planos que minimizem as mortes de palestinos inocentes" e "delimitar de forma clara e precisa áreas e locais no sul e centro de Gaza onde possam estar seguros e longe da linha de fogo".
A trégua permitiu que as pessoas retornassem para observar as casas destruídas e tentar recuperar alguns pertences entre os escombros.