A expectativa de analistas é de que o Copom deve reduzir novamente a Selic, mas de forma moderada, como ressaltou o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, em entrevista à Jovem Pan News: “Eu estou com a maioria dos analistas acreditando que o Copom deve seguir o comunicado e continuar reduzindo, pelo menos nas próximas reuniões, nessa e na próxima, em 0,5 ponto percentual”.
“É mais provável que aconteça uma aceleração do ritmo de corte apenas no início do ano que vem, na reunião de janeiro de 2024. Porque, basicamente, até lá a gente acha que pode se criar uma perspectiva de desaceleração mais clara para a atividade econômica e a gente também vai observar uma mudança do Comitê de Política Monetária do Banco Central.
Dois diretores vão sair, esses diretores são considerados mais conservadores em relação à política monetária e à inflação. Aí a gente pode ver um comitê um pouco mais inclinado a testar níveis mais baixos de juros”, explicou.
Sobre as expectativas de crescimento do país, Sávio ressalta que as projeções podem ser consideradas otimistas para os próximos meses do ano: “A perspectiva que a gente está vivendo, com um mercado de trabalho forte e as famílias ganhando renda real, à medida que a inflação desacelera, principalmente depois dessa grande safra que está derrubando o preço dos produtos agrícolas e dos alimentos de forma geral, isso vai aumentar a renda real das famílias ao longo desse segundo semestre do ano e manter uma dinâmica de crescimento da demanda doméstica”.