Foi realizada na tarde desta sexta-feira (16), na Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste, uma audiência pública para debater a situação da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) no Município. (ASSISTA AS ENTREVISTAS NO FINAL DA PÁGINA)
A audiência foi proposta pelo vereador Carlos Roberto Agostini, com objetivo de analisar se as ações desenvolvidas pela Casan são suficientes para garantir a demanda do abastecimento de água na cidade pelos próximos 20 anos, além das ações que a Companhia pode desenvolver para evitar que falte água como ocorreu recentemente em um período de estiagem. Agostini salientou que o contrato da Administração Municipal com a Casan venceu há aproximadamente um ano e que em breve deve ocorrer uma nova licitação para a prestação do serviço à população.
O superintendente Regional da Casan, Pery Fornari Filho, disse que atualmente a capacidade de captação é de 65 litros por segundo, porém obras estão em andamento para que a vasão seja de 100 litros por segundo, o que representa uma capacidade maior do que a demanda de momento. Pery afirmou que com essa obra concluída não haverá falta de água em São Miguel do Oeste e que o problema que existia será solucionado imediatamente.
Além disso, Pery disse que te toda a vasão há uma perda estimada de 40% de água. Cerca de 20% de perda física, como os vazamentos por exemplo, e outros 20% de perda comercial, que são furto, gatos nos encanamentos ou outros tipos de fraudes.
A audiência contou com a participação de José Carlos Fiorini e Gilmar Baldissera, ex-prefeitos municipais, que falaram a respeito de ações realizadas durante seus mandatos junto da Casan. Fiorini ainda apresentou uma análise do início dos trabalhos com a Companhia no Município, bem como sugestões para que não ocorra o desabastecimento a longo prazo. Uma dessas sugestões foi implantar a captação de água do Rio Peperi-guaçu.
O médico, Ricardo Martins, também participou da audiência apresentando um estudo sobre a qualidade da água consumida pela população local, tanto da zona rural quanto urbana. O trabalho apontou que há contaminação de esgoto na água consumida, em pequena escala na água fornecida pela Casan e em grande escala nos poços particulares, e que isso está diretamente ligado aos casos de surto de diarreia nos moradores.
Ainda participaram um representante da Prefeitura Municipal e da Associação de Moradores, além do público.
Portal São Miguel