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Cliente incendiado em posto de combustíveis após discussão diz que perdoa frentista: 'As pessoas não são más, só estão perdidas'

Vítima lembra que frentista jogou gasolina e ateou fogo nele após discussão sobre chave quebrada. Crime foi registrado por câmera de segurança. Segundo polícia, suspeito está foragido

Caio Murilo Lopes do Santos, que foi incendiado por um frentista após uma discussão em posto de combustíveis de Curitiba, disse em entrevista à RPC que perdoa o suspeito do crime. Até domingo (19), Paulo Sérgio Esperançeta estava foragido. 

Caio está internado no Hospital Evangélico Mackenzie. Ele teve queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau.

"O que cabe a mim ainda como ser humano e uma pessoa que acredita em Deus é perdoá-lo. Eu perdoo. Quem sou eu para não perdoar [...] As pessoas não são más, elas só estão perdidas. Entendeu? Que essa alma possa encontrar luz".

O caso aconteceu na manhã de sábado (18), no bairro Pilarzinho. Uma câmera de segurança registrou o crime, que segundo a vítima, foi motivado por uma discussão após Caio reclamar que Paulo Sérgio tinha quebrado a chave do carro dele.

Caio contou que a confusão aconteceu quando ele estava abastecendo o veículo para ir trabalhar. Ele lembra que entregou a chave inteira para o frentista, mas quando recebeu o item de volta, estava quebrado.

"Nenhum momento eu xinguei, nenhum momento eu ofendi ele, nenhum momento eu destratei ele. A única forma que eu falei e que ele me respondeu foi que ele não iria arcar com nenhuma despesa e eu falei que ele iria, sim. Nessa foi o que aconteceu. Questão de segundos. Ele pegou a bomba jogou o liquido em mim e veio pra cima de mim ateando fogo", contou.

Segundo Caio, ele teve queimaduras nos braços, tórax e abdômen, além de queimaduras de primeiro grau nas pernas. O quadro de saúde dele é considerado estável. O homem ainda não sabe se precisará passar por algum tipo de cirurgia.

Caio Murilo teve queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau — Foto: RPC

Caio Murilo teve queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau — Foto: RPC

Quando as chamas começaram, a vítima lembra que agiu "por instinto", tirando a camiseta para tentar evitar que o rosto fosse queimado. Ele ressalta que só sobreviveu com a ajuda de outro frentista, que viu a confusão e apagou as chamas com um extintor.

"Foi um anjo que estava ali no momento que pode me ajudar e salvar a minha vida; ele salvou a minha vida. Se ele não estivesse ali, não tivesse apagado o fogo, eu não estaria aqui, de repente, para contar a história".

Depois que as chamas foram apagadas, Caio foi socorrido por testemunhas e levado para o Corpo de Bombeiros. De lá, depois do primeiro atendimento, foi encaminhado ao hospital. Ele chegou a ligar para a esposa, que está grávida, para pedir socorro.

Caio Murilo e a esposa Ana Paula junto com o filho — Foto: Arquivo da família

Caio Murilo e a esposa Ana Paula junto com o filho — Foto: Arquivo da família

 

Camiseta da vítima ficou totalmente queimada — Foto: RPC

Camiseta da vítima ficou totalmente queimada — Foto: RPC

 

O advogado do posto de combustíveis, Marcel Bento Amaral, disse, em nota, que Paulo Sérgio foi demitido logo após o caso e que o posto prestou auxílio à família e às autoridades para apuração dos fatos.

No domingo (19), a Polícia Civil (PC-PR) disse que o caso continuava sendo investigado, e Paulo Sérgio, procurado.

O caso

Nas imagens da câmera de segurança é possível ver que enquanto Caio e Paulo discutem, o frentista está segurando uma bomba de combustível. Em dado momento, o funcionário dispara o líquido inflamável no homem. Poucos segundos depois, o fogo começa.

A imagem não mostra como o fogo começou, mas Caio contou que o frentista utilizou um isqueiro para iniciar as chamas. Outros clientes e frentistas observavam a discussão de perto.

Frentista ateou fogo em cliente após discussão em posto de combustível — Foto: RPC

Frentista ateou fogo em cliente após discussão em posto de combustível — Foto: RPC

 

Enquanto o homem está em chamas, outro frentista, que tem treinamento para casos de incêndio, pega um extintor próximo e consegue ajudar a vítima.

Logo após as chamas apagarem, Paulo Sérgio volta a se aproximar de Caio para agredi-lo.

G1PR

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