O secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, criticou as medidas adotadas na gestão de Carlos Moisés de repasses de recursos para empresas públicas como a Casan. Ele sustentou a ideia de investimentos privados dentro da companhia de saneamento.
A opinião foi dada durante entrevista coletiva ocorrida na terça-feira onde foi apresentada uma radiografia dos cofres públicos do Estado.
Segundo ele, a Casan fez um plano hídrico em 2021 de R$ 2 bilhões, porém será bancado pelo governo do Estado. Já estariam contratados R$ 640 milhões e pagos R$ 326 milhões. O fluxo por mês de repasse dos cofres públicos seria de R$ 25 milhões.
“Eu pergunto para vocês: será que é lógica do Estado passar dinheiro para Casan? Ou passar dinheiro para segurança pública, para saúde, infraestrutura, para assistência?”, criticou Siewert.
O secretário reforçou que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem um modelo de parceria público-privada que fez em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Ceará.
“A iniciativa privada quer botar dinheiro no saneamento para fazer as coisas funcionarem e acontecerem e nós aqui tomamos uma decisão. De novo não cabe a nós julgar, só estou olhando, para botar o nosso dinheiro dentro da companhia de águas”, criticou.
Siewert também alertou sobre uma dívida do governo estadual com a Celesc. São R$ 454 milhões em obras que o Estado ficou de pagar para empresa através de crédito de ICMS.
“Tem mais ou menos R$ 100 milhões em obras que já estão contratadas e que nós não temos como parar e o restante nós vamos administrar”, contou o secretário, ao sugerir uma interferência política para negociar essa dívida, já que o governo do Estado é o acionista majoritário da companhia.
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