Prefeituras e farmácias de Santa Catarina enfrentam desabastecimento de medicamentos básicos. Essa falta resulta de aumentos na compra após surtos de gripe e Covid-19 e exigências feitas por distribuidoras.
Em um estabelecimento de Joinville o estoque de medicamentos como amoxilina, azitromicina e cefalexina esgotaram há mais de um mês. "Assim que está chegando às distribuidoras os medicamentos e antibióticos, elas nos avisa, aí a gente já começa a pedir para repor na nossa prateleira. Quinze dias no máximo acaba tudo", relata Marciano Lima, gerente da farmácia.
O desabastecimento nas farmácias não é algo exclusivo em Santa Catarina. Pelo 17 outros estados mais o Distrito Federal estão em situação de preocupação com os medicamentos.
Atualmente, 95% dos medicamentos no Brasil dependem de matéria-prima importada. Em razão dos lockdowns da China e a guerra na Ucrânia, esse fornecimento foi afetado.
Além disso, o setor ainda enfrentou outras dificuldades. Já que com os produtos em falta, houve uma exigência de maior dedicação da indústria a estes produtos, o que reduziu a fabricação de medicamentos.
"O grande responsável por isso é a China e a Índia. A China porque reduziu seu horário de trabalho e Índia em questão do dólar, por exemplo, um produto que custava 20 dólares o quilo da importação passou para 85 dólares", explica Romildo Letzner, presidente Sincofarma Joinville.
Pelo menos 22 remédios estão em falta. O desabastecimento se arrasta desde o mês passado. A prefeitura tenta realizar compras emergenciais, mas também enfrenta dificuldades.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que articula com estados e munícipios ações emergenciais para reduzir o desabastecimento. Caso a situação não se regularize em breve, gestores admitem até a necessidade de interromper tratamentos e adiar cirurgias eletivas.
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