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Estudo da Fiesc aponta perdas bilionárias para SC com tarifaço de 50% dos EUA

Região Serrana será a mais afetada; perdas podem chegar a R$ 4,9 bilhões no PIB e 45 mil empregos no longo prazo. 10 de setembro de 2025 – Florianópolis

Estudo da Fiesc aponta perdas bilionárias para SC com tarifaço de 50% dos EUA
Foto: Marcello Casal Jr /Agência Brasil

A equipe econômica da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) divulgou na manhã desta quarta-feira (10) um estudo inédito que avalia os impactos do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos catarinenses. Os resultados apontam perdas progressivas para a economia estadual, dependendo da intensidade da redução das exportações ao mercado norte-americano.

Segundo o levantamento, se as vendas caírem 30%, Santa Catarina pode registrar uma perda de R$ 1,2 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB) estadual e quase 20 mil empregos nos próximos um a dois anos. Caso a sobretaxa seja mantida no longo prazo, as perdas podem chegar a R$ 4,9 bilhões no PIB e 45 mil postos de trabalho.

Região Serrana no foco das perdas

O estudo confirma que os impactos serão diferentes em cada região do estado, com a Região Serrana despontando como a mais prejudicada em todos os cenários. A vulnerabilidade é explicada pela baixa diversificação econômica e pela forte dependência das exportações madeireiras aos EUA.

– Mesmo no cenário mais otimista com que trabalhamos, estimamos queda de 0,53% no PIB da região Serrana, dada a menor diversificação industrial e a forte especialização na produção madeireira, majoritariamente destinada aos EUA – destacou o economista-chefe da Fiesc, Pablo Bittencourt.

No cenário intermediário, a retração da região é de -0,88% e, no mais pessimista, chega a -1,22%.

Outras regiões

A segunda mesorregião mais impactada será a Norte, com recuo de -0,30% do PIB em até dois anos. Apesar de vulnerabilidades, cidades como Joinville e Jaraguá do Sul possuem setores industriais diversificados que ajudam a amortecer os efeitos da redução nas exportações.

Na sequência, aparecem o Oeste (-0,25%), o Vale do Itajaí (-0,22%) e o Sul (-0,17%). Já a Grande Florianópolis não deve apresentar perdas imediatas no PIB, mas, no longo prazo (dois a quatro anos), a retração estimada é de -0,99%, devido ao impacto indireto nos setores de comércio e serviços.

Programa desTarifaço

Diante desse cenário, a Fiesc lançou o programa desTarifaço, que reúne iniciativas de apoio à indústria exportadora afetada. A proposta inclui produção de informações estratégicas para auxiliar empresas, poder público e a própria federação na tomada de decisões.

– A Fiesc lançou o programa desTarifaço, para apoiar a indústria exportadora afetada, com diversas iniciativas de nossas entidades. Uma das frentes é a produção de informações para a tomada de decisão pelas empresas, pelo poder público e pela própria federação – afirmou o presidente da entidade, Gilberto Seleme.

Cenários extremos

A nota técnica também considerou projeções ainda mais severas, como reduções de 50% das exportações aos EUA em até dois anos e até 70% no curto e no longo prazos, o que ampliaria significativamente as consequências econômicas para Santa Catarina.

 

WH3 com NSC / Estela Banetti

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